Vivemos momentos conturbados à escala mundial e, dependendo da situação pessoal de cada um, podemos ter desafios menores ou maiores para enfrentar. Todavia, não podemos baixar os braços!
DESISTIR não é opção!
Não quero desvalorizar o que se está a passar, tanto em Portugal como no resto do mundo. Quero apenas relembrar que, DESISTIR não é opção!
Podemos estar de pés e mãos atadas relativamente a alguns acontecimentos, mas a forma como lidamos com isso importa!
Não são as nossas circunstâncias ou os acontecimentos que nos definem, mas a maneira como lidamos com eles. Mesmo no meio do caos podemos encontrar formas de mantermos alguma normalidade, e saírmos mais forte e mais sábios por causa disso.
Fazer ajustamentos para lidar com as adversidades
Estou encerrada em casa desde o dia 14 de Março, por respeito às recomendações dos órgãos competentes, mas também por opção própria. Por uma questão de auto-preservação.
Apesar de habitualmente já trabalhar 90% do tempo em casa, confesso que não está a ser nada fácil.
Em situações especiais, há que agir de forma diferente. Por outras palavras, precisamos de fazer os ajustamentos necessários para lidar com as adversidades.
Estamos a ser colocados à prova, em várias vertentes das nossas vidas. Acredito que se avizinham muitas mais mudanças e que, para muita gente, elas serão radicais. Resta saber que atitude escolhemos ter face a ela. De flexibilidade ou de rigidez?
Se virmos bem, a mudança é uma constante na nossa vida. No entanto, tipicamente somos avessos à mudança.
Pessoas, organizações e empresas flexibilizam-se
Face ao caos, pessoas, organizações e empresas flexibilizam-se para encontrar soluções que sejam benéficas para todos. Derrubam crenças, culturas organizacionais e padrões de operacionalidade rígidos para se manterem em funcionamento.
Isto enche-me o coração de esperança. O meu coração expande-se porque vejo resiliência.
Vejo mentalidades de crescimento. Vejo pessoas que não cruzam os braços. Que agem apesar do medo, ou até, por causa do medo.
Há momentos que pode parecer ser mais fácil desistir
Há muitos momentos na nossa vida, quando surgem obstáculos no nosso caminho. Pode parecer-nos ser mais fácil baixar os braços e desistir do que mobilizar recursos para continuarmos a lutar. Todavia desistir não é opção.
Existem dificuldades na vida de toda a gente e devem ser encaradas como oportunidades de aprendizagem. Além disso, o que leva alguém a alcançar o sucesso é a procura activa de soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades.
O desenvolvimento de uma atitude de resiliência permite-nos ultrapassar obstáculos de forma positiva e percepcionar as dificuldades como possíveis de superar.
A resiliência procura alterar padrões de comportamento
É frequente confundir-se resiliência com resistência, mas elas são coisas muito distintas.
A resiliência quando exercida em situações adversas procura alterar os nossos padrões de comportamento e isso gera mudanças. Se as mudanças não forem percebidas como eficazes, acabam por prejudicar a acção da resiliência, e não perduram no tempo. São as chamadas mudanças momentâneas, muito distintas das duradouras.
A resistência é o poder de encaixe, a capacidade de reprimir o que se está a sentir, ou fazer de conta que nada aconteceu. Ou seja, é uma espécie de estado de negação.
Em primeiro lugar, ser resiliente é acima de tudo ter consciência do que nos acontece. É ter agilidade emocional para enfrentar e integrar esse acontecimento na nossa história de vida e perseverar. Em segundo lugar, é mais do que pensamento positivo. É uma atitude de optimismo face aos desaires da vida. Em conclusão, é a capacidade de escolher olhar para o que ainda é possível fazer versus o sentimento de conformismo ou de derrota. Todavia, poucas pessoas são verdadeiramente resilientes.
Há pessoas rendidas à derrota antes de entrarem na arena
Vejo pessoas e organizações resilientes, que procuram as oportunidades de crescimento, face às adversidades. Mas também vejo muitas outras pessoas rendidas à derrota, ainda antes de entrarem na arena.
É tão comum ouvir-se coisas como: “ah já não tenho idade para isso. Ou não posso me queixar, há quem esteja muito pior do que eu. Ou então, as coisas são como são. Não há nada a fazer.”
Isto parte-me o coração!
Fico destroçada quando vejo as pessoas DESISTIREM!
Porquê? Porque estas são respostas de submissão ao medo.
Desistem dos seus sonhos, dos seus objectivos. Desistem de si mesmas, desistem de ser felizes…
Depois sentem-se vazias, sós, desconectadas interior e exteriormente. Dizem que não se sentem amadas nem compreendidas… E não admira.
Não compreendo porque razão alguém desiste de ser FELIZ!
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