As emoções determinam em grande medida a direcção da nossa vida e das nossas relações. Elas são cruciais nos relacionamentos, connosco e com familiares e colegas de trabalho. Os investigadores descobriram que a inteligência emocional é mais importante do que a inteligência intelectual. Além de essenciais para o sucesso pessoal aqueles que revelam mais competências de inteligência emocional sentem maior satisfação com a vida. Assim, compreender, reconhecer e saber gerir as emoções é o primeiro passo para o bem-estar integral. Isto é, dela depende o nosso sucesso profissional e pessoal, e daqueles que nos rodeiam.
A expressão Inteligência Emocional remonta aos escritos de Charles Darwin que a utilizou para sublinhar a importância da expressão emocional para a sobrevivência e adaptação. O conceito de Inteligência Emocional, tem sido muito utilizado por investigadores para descrever a capacidade humana de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles.
Segundo Daniel Goleman inteligência emocional é a “…capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.” (Goleman, 1998).
As competências de inteligência emocional são cruciais para o sucesso ou insucesso dos indivíduos
A inteligência emocional é a principal responsável pelo sucesso ou insucesso dos indivíduos. Isto porque ela está intrinsecamente ligada à capacidade de compreender e gerir as emoções. Ou seja, expressar correctamente os sentimentos, interpretar e lidar com as emoções – as próprias e as daqueles que nos rodeiam. São essas as características básicas das pessoas emocionalmente inteligentes.
Todavia, saber expressar sentimentos e emoções não nos torna emocionalmente competentes ou ágeis. Assim, a competência emocional implica não só ser capaz de identificar e perceber os próprios sentimentos e emoções, mas também compreender a linguagem emocional dos outros.
Habilidades de Inteligência Emocional
De acordo com Goleman, a inteligência emocional envolve cinco habilidades:
- Autoconhecimento emocional – diz respeito à autoconsciência, de si e dos seus pensamentos. Isto é, a capacidade de reconhecer as próprias emoções, atitudes e sentimentos quando ocorrem.
- Autogestão emocional – que se refere à capacidade de saber lidar com os próprios sentimentos, no sentido de os reconhecer, conter, e adequá-los a cada situação vivida;
- Automotivação – está relacionada com a auto-regulação e a paixão que se tem pelo que se faz. É a capacidade de direccionar as emoções para o cumprimento de objectivos, que possibilita desempenhos excepcionais e a realização pessoal;
- Consciência Social – a capacidade de reconhecer que o outro também possui emoções, pensamentos, desejos e expectativas. Ter empatia de sentimentos, ou seja, saber identificar e compreender os desejos e sentimentos de outros, e agir adequadamente de forma a canalizá-los para o interesse comum;
- Relações interpessoais – a arte de estar presente de corpo e alma demonstrando interesse e boa vontade para encontrar soluções, numa atitude sincera e construtiva. Ou seja, é saber utilizar competências sociais para interagir com outros indivíduos, reconhecer as suas motivações e identificar os seus sentimentos. A gestão eficaz de relações interpessoais é uma competência de liderança essencial na coordenação de grupos e na prevenção ou gestão de conflitos.
Em primeiro lugar, as competências de Inteligência Emocional são essenciais para preservar a nossa saúde mental e o nosso equilíbrio emocional. Em segundo lugar é determinante para o nosso bem-estar. E, por fim, é crucial no desenvolvimento e preservação de relacionamentos harmoniosos e saudáveis, tanto pessoais como profissionais.
Deixe um comentário